O SAL NOS TEMPOS DE JESUS
Sem saber que ele está presente em quase todo o planeta – isso só seria
revelado pela moderna geologia –, povos e nações guerrearam por causa dele.
O sal logo virou alvo da cobiça dos governantes,
que passaram a tributar o comércio e a produção e a arrecadar grandes somas de
dinheiro. Em várias civilizações, a extração de sal era monopólio estatal.
De tão essencial, o direito ao sal chegou a ser
garantido pelo Estado. Os romanos, apesar de não manterem monopólio sobre o
sal, subsidiavam seu preço para garantir que os plebeus tivessem acesso a ele.
“Sal para todos” era um lema romano.
Da mesma forma que deveria estar disponível para o
cidadão comum, o sal era imprescindível para os legionários que conquistavam e
mantinham o gigantesco império. Tanto que os soldados chegavam a ser pagos em sal, de onde vêm as palavras “salário”, “soldo”
(pagamento em sal).
SER CRISTÃO É SER SAL DA TERRA
O sal preserva, dá sabor e equilíbrio à vida. O sal
representa o nosso caráter. Levemos a sério o ensino de Jesus em relação às
metáforas do sal, no Novo testamento.
O objetivo do sal é a preservação (anti-séptico).
Segundo o dicionário Michaelis a substância anti-séptica “impede a atividade e
multiplicação dos micróbios e a putrefação”. O Cristão deve preservar uma conduta
moral e espiritual, biblicamente correta, neste mundo, que a cada dia definha
em meio a procedimentos humanos que conduzem a uma degradação moral e
espiritual.
O sal também dá sabor, o crente deve mostrar ao
mundo como é maravilhoso servir a Deus, vivendo segundo a vontade dEle que nos
é revelada em sua palavra, colhemos o fruto saboroso da alegria contagiante de
viver, da paz que o mundo não pode dar, da verdadeira felicidade. A catástrofe
de uma vida longe do Senhor, em festas, bebedeiras, drogas, amizades
temporárias e interesseiras tornam o viver sem sabor, insípido, o que conduz
muitas pessoas que vivem de forma desregrada não encontrarem no
que procuram o gosto de viver, e alguns chegam a tirar a própria vida
comprovando que os prazeres mundanos não dão sabor a vida.
Entre outras qualidades do sal, ele causa sede... o
cristão deve sim, provocar no mundo a sede por Deus, por viver crendo no
Deus que faz, que é provedor, que salva, que cura, que liberta, que é amigo em
todas as horas e ocasiões, que transmite paz, que sempre estará junto em meio
as tribulações. Será que estamos provocando a sede de pessoas que estão no
cotidiano de nossas vidas e que ainda não confessam a Cristo com seu salvador?
Portanto, chegamos à compreensão da razão de Jesus
utilizar o sal como uma metáfora do crente. O cristão precisa cotidianamente
agir de tal maneira que outros seres humanos venham ao conhecimento da verdade.
Portanto, pelos menos em três dimensões o crente se
faz perceber como Sal:
a) Em primeiro
lugar onde se evidencia a ação do crente como Sal é na própria comunidade
cristã;
b) seguidamente em sua
família e;
c) posteriormente
na sociedade.
Vamos pensar: será que estou agindo, interagindo e
reagindo como “O SAL DA TERRA”?